segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Responsabilidades

Faltam 19 dias para a minha viagem. Mesmo faltando tão pouco tempo eu ainda me pergunto a mesma coisa: será que eu estou pronta para as minhas novas responsabilidades? Não me refiro ao fato de sair definitivamente de casa e começar a se virar sozinha em um país onde não falam minha língua, com isso eu já me acostumei e me sinto à vontade para falar que estou pronta para encarar.

Me refiro a cuidar de duas crianças. Elas serão minha prioridade. Será de minha responsabilidade cuidar de tudo que for relacionado a elas. Eu não sou mãe e embora já tenha alguma experiência primária com bebês, ganhar a confiança da mãe delas e cuidar de duas babies será o ápice da minha capacidade maternal até o momento.

Aí começam a me passar pela cabeça os momentos difíceis: e se uma cair e se machucar? E se alguma se perder ou engolir alguma coisa? E se eu estiver no carro com as duas e me perder? O "e se" começa a me consumir de tal forma que eu não sei se é ansiedade pelo novo momento da minha vida ou se é incapacidade mesmo.

Hoje eu dei uma passadinha para ver uma bebê de 11 meses da minha prima. Eu deveria cuidar dela enquanto a avó estendia a roupa no varal. Ela caiu com a boca no chão e machucou um pouquinho, nada grave mas sempre um susto. Mesmo assim fiquei pensando se eu não devia estar mais perto cuidando dela e ao mesmo tempo pensando que não era minha culpa porque mesmo que eu estivesse do lado não ia ter como segurar a tempo. Minha mente fica de novo dividida em duas opiniões diferentes e eu não consigo escolher nenhuma.

A única solução que eu encontrei até o momento foi confiar em Deus e seguir em frente. Eu acredito muito que Ele me escuta e sabe das fraquezas do meu coração. Peço sempre que nada de mal aconteça com os meus bebês (é agora são meus, pense o que quiser) e que eu tenha a mente calma o suficiente para fazer o certo na hora que eu precisar. Ser responsável por duas vidas é muito difícil e não depende só de boa vontade minha como também de muita sorte.

Acredito que todos nós somos enviados para a Terra para aprender alguma coisa, portanto vejo todos esses desafios como lições de matemática e equações bizarras na lousa. Não tô querendo filosofar não, mas penso mesmo na vida dessa forma e quero aproveitar tudo dela mesmo que eu pense muitas vezes se o desafio não é maior do que a minha capacidade, afinal viver é se arriscar.

Um beijo para você que como eu tem sempre umas caraminholas na cabeça e não consegue resolver nenhuma.

2 comentários:

  1. Thays acho q as duas situacoes sao bem dificeis tanto de morar fora como de ser mae sem ser,mas no final vc disse tudo e faço suas palavras as minhas " A única solução que eu encontrei até o momento foi confiar em Deus e seguir em frente" era isso q eu fazia e anda faço nesse 1 ano de Europa,depois a gente vai se habituando as situacoes diversas,bjos e se cuida :)

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